Brasil está em segundo no ranking dos maiores juros reais do mundo

O Brasil está ocupando o segundo lugar no ranking entre os quarenta países analisados, com uma taxa de juros real de 6,79%.

De acordo com o economista Jason Vieira, responsável pelo ranking, o cenário para cortes de juros no Brasil continua comprometido pela questão fiscal, com nenhuma sinalização do governo para redução de gastos.

Ele destaca que eventos climáticos, como a enchente no Rio Grande do Sul, têm contribuído para pressões inflacionárias, especialmente em alimentos, o que torna ainda mais difícil uma redução da taxa Selic, afirmou o economista.

“Há também a pressão do câmbio na inflação. A postura cautelosa do Federal Reserve em relação aos juros nos EUA também envia sinais ao Copom. A possibilidade de redução de juros nos EUA este ano se tornou mais remota”, afirma Vieira.

O México, que liderava o ranking em maio, agora ocupa o terceiro lugar, enquanto a Rússia subiu para a primeira posição. Outro país latino-americano, a Colômbia, aparece em décimo lugar com uma taxa de juros reais de 2,66%.

Vieira observa que o movimento de aperto monetário tem perdido força no exterior, com a maioria dos países mantendo as taxas nos atuais patamares. Ele destaca que começa a ser observado um movimento de redução de juros. No ranking atual, 52,50% dos países mantiveram suas taxas de juros e 47,50% as reduziram, sem que nenhum tenha aumentado recentemente suas taxas.

Para calcular a taxa de juros real, o economista considera a inflação projetada para os próximos 12 meses, conforme o relatório Focus do Banco Central, que é de 3,96%. Além disso, ele leva em conta a taxa de juros DI dos próximos 12 meses no vencimento mais líquido (junho de 2025).

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale o seu portal de notícias online.

Compartilhe
Facebook
WhatsApp

Notícias Recentes

Portal de notícias de Baixo Guandu e região Vale do Rio Doce. Desde 2018.