Polêmica! Vereadores de Ecoporanga aprovam o próprio auxílio-alimentação de R$ 1.200,00.
Auxílio-alimentação de R$ 1.200,00 é aprovado na Câmara de vereadores de Ecoporanga-ES.
Ecoporanga-ES – A Câmara municipal de Ecoporanga, na região Noroeste do Espírito Santo, aprovou em sessão extraordinária realizada na última quinta-feira (24), o projeto de resolução que cria o auxílio-alimentação no valor de R$ 1.200,00 para os próprios vereadores e servidores do Legislativo.
A proposta aprovada foi de autoria da Mesa diretora, em uma sessão que teve a presença de um número expressivo de policiais e baixa presença da população e marcada em um horário estratégico (pela manhã), onde a maioria dos moradores estavam trabalhando.
A medida, proposta pela Mesa Diretora, terá um impacto anual de R$ 296.400 nos cofres públicos e gerou revolta entre os moradores, que acusam os parlamentares de legislarem em causa própria enquanto ignoram as necessidades da população e dos servidores da prefeitura, que recebem apenas R$ 300 de auxílio.
De acordo com a matéria, o auxílio-alimentação será concedido mensalmente em pecúnia (dinheiro), não sendo incorporado ao subsídio dos vereadores e servidores. A proposta prevê reajuste do benefício sempre no mês de janeiro, com base na inflação anual acumulada do ano anterior. Além disso, uma parcela extraordinária será concedida no mês de dezembro.
Mesmo com a pressão popular e protesto por parte do sindicato da categoria, o projeto foi aprovado por 08 vereadores, apenas quatro vereadores votaram contra a proposta. O presidente da Câmara Eduardo Muquy (PSB), alegou que o Tribunal de Contas do Estado (TCES) considerou o projeto legal e afirmou que outros municípios da região já concedem benefícios semelhantes. “Isso não é privilégio, é direito”, afirmou Muquy.
Os vereadores que votaram a favor do benefício foram: Eduardo Muquy (PSB), presidente da Câmara; João do Batista do Queijo (Rede), vice-presidente; Tchopila (MDB), primeiro-secretário; além de Lemão Toledo (Republicanos), Nego Mariana (MDB), Pega da Muritiba (PP) e Tinim (PSD).
Foram contrários os vereadores: Dedé Patez (Rede), Gravata Torta (Rede), Ivan Soares (Podemos) e Isaías Ramos (PSB). Com a aprovação do projeto, gerou a sensação de falta de transparência e tentativa de evitar o debate público. Ainda que o Tribunal de Contas tenha considerado o projeto legal, a questão central parece ser ética e política, não apenas jurídica.
Foto: Reprodução.

Vereadores aprovaram auxílio alimentação de 1.200,00 para eles e os servidores da Casa.
Essa situação em Ecoporanga reflete um cenário comum de insatisfação popular quando representantes eleitos aprovam benefícios próprios em meio a desigualdades gritantes, especialmente em municípios com recursos limitados.
O contraste entre o auxílio-alimentação de R$ 1.200 para os vereadores e o de apenas R$ 300 para os servidores da prefeitura reforça a percepção de injustiça e de uso do poder legislativo para interesses próprios, o que o vereador Isaías Ramos expressou bem ao chamar de “imoral”.
A população está prometendo mais protesto na tentativa de que o projeto seja vetado, manifestações pelas redes sociais serão organizadas para denunciar o contraste entre o reajuste generoso aprovado pelos vereadores e os salários estagnados de professores, agentes de saúde e demais servidores.
Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale.