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Morre ex-goleiro Manga, ídolo do Botafogo e titular da Seleção na Copa de 1966

Morreu nesta terça-feira (08), aos 88 anos, o ex-goleiro Manga, Ídolo do Botafogo e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966. Manga estava internado no Hospital Rio Barra e durante alguns anos ele travava um batalha contra um câncer de próstata.

A morte de Manga foi anunciada pelo próprio Botafogo. “É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra”. O presidente do Botafogo associativo, João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu o salão nobre de General Severino para a realização do velório.

O dirigente alvinegro afirmou que “Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”. Manga foi, sem dúvida, uma das figuras mais icônicas do futebol brasileiro, e sua trajetória é repleta de conquistas e histórias marcantes.

Sua participação no Botafogo, nas grandes formações das temporadas de 1961-1962 e 1967-1968, o colocou como um dos maiores goleiros de sua época, rivalizando com o Santos, que também disputava o título de melhor time do Brasil. Manga se destacou com uma técnica única, e sua personalidade forte fez dele um símbolo da posição.

Sua convocação para a seleção brasileira, onde jogou ao lado de lendas como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho, foi mais uma prova de seu talento. Embora a Copa do Mundo de 1966 não tenha sido bem-sucedida para o Brasil, a presença de Manga na equipe foi um reflexo de sua qualidade e da confiança que a comissão técnica tinha em sua habilidade.

Foto: Reprodução.

Manga, ex-goleiro do Botafogo, durante homenagem no Nilton Santos (Satiro Sodré/Botafogo).

A carreira internacional de Manga também foi notável, especialmente com o Nacional-URU, onde conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1971. A habilidade de Manga foi reconhecida não apenas no Brasil, mas também no Uruguai, onde se tornou uma verdadeira lenda. Sua passagem pelo Internacional, onde foi bicampeão brasileiro e tricampeão gaúcho, também lhe garantiu um lugar de destaque no futebol brasileiro.

O fato de Manga jogar sem luvas foi uma marca registrada de sua carreira. Mesmo em uma época onde os goleiros estavam começando a adotar as luvas como proteção, ele se sentia mais à vontade sem elas. Sua técnica de usar óleo e areia para melhorar a aderência das mãos se tornou uma das características que o tornaram único.

Seu legado é tão grande que, em 2000, o dia 26 de abril, data de seu nascimento, foi oficialmente declarado o “Dia do Goleiro” no Brasil, uma homenagem merecida a um dos maiores goleiros da história do futebol mundial. Manga é lembrado não apenas pelos títulos que conquistou, mas também pela maneira única como representou a posição de goleiro, sempre com coragem, técnica apurada e uma atitude destemida.

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale.