Óleo chega às praias do Espírito Santo em até 15 dias, afirma especialista.

A mancha de óleo que atingiu o litoral do Nordeste brasileiro deve chegar à costa capixaba em até 15 dias. É o que estima o professor de oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Agnaldo Martins.

O professor ressaltou que vários critérios devem ser levados em conta, mas que a contaminação é possível.

“Ainda não se sabe se o óleo vem pela costa, ou se vem por alto-mar. Também é desconhecido o volume derramado e o quanto ainda pode ser empurrado pelos ventos. O que se pode afirmar é que as correntes que atuam do norte para o sul do Brasil podem trazer o material para o litoral capixaba”, disse.

Martins afirmou que a substância oleosa pode ser considerada o maior desastre marinho dos últimos anos. “Se o óleo vier pela costa e passar por Abrolhos, pode causar um impacto ambiental irreversível nos recifes. São áreas extremamente sensíveis”, avaliou.

O óleo também pode causar a morte de aves e tartarugas marinhas, por obstruir o aparelho digestivo ou impedir a respiração.

O doutor em Ciências Florestal Luiz Fernando Schettino frisou que as pessoas devem evitar o contato com a mancha de óleo. “As pessoas podem desenvolver problemas de pele, além de causar a mortandade de animais marinhos”.

Estado se prepara para a chegada da mancha de óleo

O governo do Estado e a Marinha do Brasil se articulam para a condução do Plano de Emergência, criado para construir ações preventivas sobre o óleo que avança na costa do nordeste brasileiro.

É que o material chegou ao litoral sul da Bahia, no município de Ilhéus, a cerca de 500 quilômetros da costa capixaba, acendendo um alerta sobre a contaminação do litoral do Espírito Santo.

Na tarde de segunda-feira (21), representantes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Defesa Civil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Capitania dos Portos se reuniram para traçar as ações.

Por Camila Lima, Maraiza Silva e Regina Trindade.

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