Seita com estrela do cinema tinha escravas sexuais
Na série “Smallville”, Allison Mack interpretou por dez temporadas a independente e ética jornalista Chloe Sullivan. Nos bastidores, a atriz era considerada por seus colegas como “doce, inteligente e gentil”, segundo uma reportagem publicada pela Variety. Acusada de liderar uma seita sexual ao lado do guru Keith Raniere, Allison tem revelado uma imagem bem diferente da personagem que a consagrou e do conhecido por pessoas próximas.
Foto: Divulgação.

A atriz foi presa no último dia 19, em Nova York, apontada como recrutadora de uma seita sexual acusada por tráfico sexual, conspiração e trabalhos forçados. As acusações podem render penas entre 15 anos e prisão perpétua para Alisson, que tem 35 anos de idade.
A NXIVM e DOS
A seita é conhecida por NXIVM (pronuncia-se nexium) e funciona sob uma filosofia que prometia sucesso pleno. Seu idealizador, Keith Raniere, de 57 anos, também foi preso no mês passado. Além de cursos e workshops, a seita tinha um braço mais exclusivo, o DOS. A principal teoria é de que a sigla queria dizer “dominus obsequious sororium”, que em latim quer dizer “mestre das mulheres escravas”.
Era justamente neste setor mais obscuro que Allison foi convidada a participar como recrutadora.
Cerimônia de iniciação
De acordo com a Variety, as mulheres selecionadas passavam por um ritual de passagem. Elas eram marcadas na região pélvica com uma caneta de cauterização. As marcas eram as iniciais KR (Keith Raniere) ou AM (Allison Mack). Durante o procedimento, as pessoas da seita geralmente colocavam suas mãos sobre seu peito e diziam frases como: “sinta a dor” e “pense no seu mestre”.
Nuas, elas faziam um voto de lealdade ao seu guru. Sua submissão era reforçada com fotos nuas que eram guardadas pelo grupo. “Eu chorei o tempo todo. Estava sendo ferida e humilhada. Eu fui queimada e tudo foi filmado”, disse a atriz Sarah Edmonson, que deu depoimento em Nova York contra o culto.
Ela ainda disse que foi forçada a dizer “mestre, por favor me marque, será uma honra”, além de testemunhar outras mulheres sendo torturadas. “Ela estava gritando como um porco, como um animal sendo marcado com ferro quente”, afirmou.
Fonte: Tribuna online.