Brasileirão! Quatro técnicos demitidos em quatro rodadas e mais nomes podem cair na 5ª rodada.

Com uma média de um treinador demitido por rodada a 5ª rodada inicia hoje com mais técnicos pressionados.

O Campeonato Brasileiro 2025 está apenas começando, mas a instabilidade nos bancos de reservas já é evidente. Com apenas quatro rodadas concluídas, quatro técnicos foram demitidos, ou seja, um treinador demitido por rodada.

A média, considerada altíssima, confirma a fama da competição como uma das mais impacientes do mundo com seus comandantes. Reforçando a fama da elite do futebol nacional como um dos ambientes mais voláteis para treinadores no mundo.

Raras demissões na estreia

A edição de 2025 também entrou para a curta lista de anos com queda de técnico já na primeira rodada. A derrota por 2 a 0 para o Fortaleza, no Castelão, foi a gota d’água para o comandante Mano Menezes ser demitido do Fluminense, que já enfrentava pressão desde o início da temporada. A queda de Mano repetiu algo que aconteceu apenas cinco vezes desde 2005.

Confira os casos semelhantes:

🟥 2005: Péricles Chamusca (Goiás)

🟥 2025: Mano Menezes (Fluminense)

🟥 2023: António Oliveira (Coritiba)

🟥 2022: Marquinhos Santos (América-MG)

🟥 2021 e 2022: Alberto Valentim (Cuiabá e Athletico-PR)

Pressão crescente e novas demissões

Na terceira rodada, foi a vez de Pedro Caixinha deixar o comando do Santos, após revés em casa por 2 a 1 justamente para o Fluminense. A eliminação precoce no Paulistão e a instabilidade no desempenho acentuaram o desgaste com diretoria e torcida.

Nesta semana, a “dança das cadeiras” ganhou novos capítulos. O Grêmio optou pela demissão de Gustavo Quinteros após a goleada sofrida diante do Mirassol por 4 a 1. O time não vinha demonstrando consistência, e a derrota escancarou a crise.

Horas depois, o Corinthians anunciou a saída de Ramón Díaz. Mesmo campeão paulista recentemente, o técnico argentino não resistiu à pressão causada pelas más atuações no Brasileirão e nas competições continentais. A derrota para o Fluminense por 2 a 0, na Neo Química Arena, selou sua saída.

Próxima rodada neste fim de semana pode provocar queda de mais treinadores.

A quinta rodada, que começa neste sábado (19), pode ampliar ainda mais a lista de técnicos demitidos. Entre os nomes sob pressão está Fábio Carille, do Vasco, que enfrenta o Flamengo no clássico carioca. Uma derrota pode ser decisiva para o futuro do treinador cruz-maltino.

Outro que vive momento delicado é Luis Zubeldía, do São Paulo. Sem vencer nas primeiras rodadas, o técnico argentino vê a torcida perder a paciência, embora a diretoria mantenha, por ora, respaldo ao trabalho.

Situação ainda mais crítica enfrentam Cuca, no Atlético-MG, e Pepa, no Sport. Ambos os clubes ocupam as últimas posições na tabela — 19ª e 20ª, respectivamente — e seguem sem vitórias. A continuidade dos resultados negativos pode acelerar mudanças nos bastidores.

Brasileiro segue como o campeonato da instabilidade

Historicamente, o Brasileirão é conhecido pela rotatividade de técnicos. Em edições recentes, foram comuns 20 ou mais trocas ao longo da competição. Em 2010, por exemplo, houve 30 mudanças em 38 rodadas. Com a média atual de uma demissão por rodada, a edição de 2025 caminha para se tornar uma das mais instáveis da era dos pontos corridos.

Embora impactante, a média atual não é inédita. Desde que o formato de pontos corridos com 20 clubes foi adotado, em 2006, o Brasileirão já viveu temporadas com números ainda mais extremos, vejam os exemplos abaixo:

• 2010: 30 trocas em 38 rodadas
• 2006 e 2008: 27 mudanças
• 2015: 24 trocas — com um dado curioso: o campeão Corinthians manteve Tite do início ao fim.

A média histórica aponta que apenas seis clubes por edição conseguem manter o mesmo técnico durante toda a competição. O ano com menos demissões foi 2012, com “apenas” 16 trocas.

📊 Trocas nos últimos anos:

• 2018: 26
• 2019: 19
• 2020: 22
• 2021: 18
• 2022: 20
• 2023: 22
• 2024: 17

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale.