EconomiaNacional

Mais juros! em reunião nesta quarta-feira Copom deve elevar taxa Selic em 1 ponto.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decide em reunião marcada para hoje, quarta-feira (19), a nova taxa básica de juros, a Selic. Sob pressão com a alta da energia e dos alimentos que influenciaram a alta da inflação, segundo analistas econômicos a tendência será de mais uma elevação na taxa podendo ser de 1 ponto.

Essa será a segunda reunião do Copom comandada pelo novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Caso a Selic sofra mais um aumento, será a quinta alta consecutiva. E se confirmar a previsão de alta de 1 ponto, de acordo com o boletim Focus, o percentual vai de 13,25% para 14,25% ao ano.

No comunicado da última reunião, em janeiro, o Copom confirmou que elevará os juros básicos em 1 ponto percentual na reunião de março. O agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento.

Copom quer frear inflação

Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Selic. Segundo o BC, o cenário de inflação de curto prazo segue adverso. O motivo é, principalmente, o aumento nos preços dos alimentos. Nesse sentido, mantido esse cenário, o comitê aponta que a inflação deve ficar acima da meta pelos próximos 6 meses.

Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2025 está em 5,66%, contra 5,6% há quatro semanas. Em outras palavras, é inflação acima do teto da meta contínua. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu esta meta em 3% para este ano. Porém, o teto pode chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Entenda sobre a Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale o seu portal de notícias online.