Vereador compra drone para fiscalizar servidor
Foto: Reprodução.
O vereador de Vila Velha Heliosandro Mattos (PR) encontrou uma forma inusitada de inibir as “saidinhas” de servidores que batem o ponto e deixam os locais de trabalho. Ele comprou um drone para fiscalizá-los, além de monitorar obras com irregularidades, encostas com risco de deslizamento e pontos de tráfico de drogas no município.
“Vamos coibir as ‘saidinhas’. No Legislativo, nós temos câmeras e o ponto biométrico, que é inviolável. Vou usar o drone em dias eventuais para fiscalizar servidores do meu gabinete também”, garantiu Heliosandro, que comprou o equipamento por R$ 3 mil (seminovo) com recursos próprios.
O aparelho já até recebeu um apelido: “Olho da Cidade”. “Foi uma ideia de um assessor. Acredito que sou o primeiro a implementar o uso de um drone no exercício do mandato. Vamos filmar encostas, obras, procurar focos de mosquito da dengue, combater o desmatamento. São muitas possibilidades”.
Indagado sobre o fato do aparelho causar confusão, o vereador nega: “Com o drone, nós temos a oportunidade de ajudar o prefeito (Max Filho) a governar melhor a cidade, para que nenhum secretário o engane no exercício de suas funções”, cutucou.
A ferramenta deve começar a operar já no Carnaval. “Vai dar para identificar quem cometer atos de vandalismo, depredações, como aconteceu naquele ‘Orla Folia’”, lembrou.
O drone atinge até 150 metros de altura e pode ser controlado a uma distância de até 2km de seu operador. As imagens capturadas por sua câmera de altíssima definição (4K) poderão ser usadas como provas materiais. “Em última análise, encaminharemos ao Ministério Público”, concluiu.
Para o secretário municipal de Controle e Transparência, André Almeida, a iniciativa merece aplausos. “É uma ótima ferramenta de fiscalizar que se soma àquelas que o município já tem”.
O líder do governo na Câmara, Rogério Cardoso (DEM), gostou da ideia, mas com serventia “apenas na questão dos desastres”. Já Osvaldo Maturano (PRB) classificou como “criativa, louvável e inédita”.
Por: Tribuna online.
