Saúde

Covid-19! nova variante XFG é confirmada no Brasil, veja o que se sabe sobre ela.

Batizada de “Stratus”, a cepa já foi identificada em 38 países e chegou ao Brasil com oito casos; risco global é considerado baixo, segundo a OMS

O Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos da nova variante do coronavírus no Brasil. Conhecida como XFG ou “Stratus”, a cepa foi identificada em oito pacientes, dois no Estado de São Paulo e seis no Ceará, entre os meses de maio e junho. Até o momento, não há registro de mortes associadas à nova linhagem no país.

A variante XFG tem ganhado espaço em diversos países e, atualmente, circula em pelo menos 38 nações, com maior predominância no Sudeste Asiático, onde já se tornou dominante em países como a Índia. Por causa do avanço rápido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XFG como uma variante “sob monitoramento”. O risco global, porém, é considerado baixo pela entidade.

Foto: Reprodução.

A cepa já foi identificada em 38 países e chegou ao Brasil com oito casos; risco global é considerado baixo.

O que é a XFG?

A XFG é uma recombinação de duas linhagens da família Ômicron,LF.7 e LP.8.1.2. A amostra mais antiga conhecida foi coletada em janeiro de 2025. Ela apresenta um novo conjunto de mutações na proteína Spike, que facilita a entrada do vírus nas células humanas.

Essas mudanças podem permitir maior escape da resposta imune, segundo análise da OMS, o que explica sua rápida disseminação. Ainda assim, não há evidência de que provoque quadros mais graves do que variantes anteriores.

Situação global e avanço

Entre o fim de maio e o início de junho, a variante XFG foi responsável por 22,7% das amostras analisadas no mundo, de acordo com a OMS. Apenas quatro semanas antes, esse número era de 7,4%. No Sudeste Asiático, a presença da variante saltou de 17,3% para 68,7% no mesmo período.

Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas associados à XFG são semelhantes aos de outras variantes da Covid-19, mas com maior frequência de sinais gastrointestinais, como dor abdominal e diarreia. Também têm sido relatados casos de rouquidão. Segundo o infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a população não precisa entrar em pânico:

“Existe possibilidade de casos mais graves, mas nada que indique uma nova pandemia. O alerta é voltado principalmente para os profissionais de saúde”, afirmou.

Vacinação segue eficaz

A OMS reforça que as vacinas atualmente disponíveis continuam eficazes contra a XFG, especialmente para prevenir formas graves da doença. Em 2025, o Brasil já distribuiu mais de 14,2 milhões de doses. A vacina contra a Covid-19 está disponível de forma contínua no calendário nacional de imunização, aplicada em gestantes, crianças e idosos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale.