Trump cede e 2 milhões de imigrantes poderão receber cidadania
A novela sobre o impasse da imigração nos Estados Unidos, ganha mais um capítulo, na quinta feira (25), a Casa Branca apresentou uma proposta de Lei que prevê financiamento para o muro na fronteira mexicana, da ordem de US$ 25 bilhões, em contrapartida, 2 milhões de jovens que chegaram ao país quando ainda eram crianças, poderão ter a possibilidade de ganhar a sonhada cidadania.
Ao mesmo tempo que mantém o muro, que foi uma das principais promessas de campamha de Trump, o governo tenta uma conciliação entre democratas e republicanos. Semana passada houve uma paralisia no governo, devido o impasse, não foi possível aprovar no Congresso a Lei do Orçamento para 2018.
De um lado, Trump quer assegurar verbas para a construção do muro na fronteira a partir deste ano. Do outro, democratas pedem uma solução para os jovens imigrantes sem documentação, os “dreamers”, que foram levados ao país na infância e ficaram sem status legal após Trump revogar o programa que os protegia.
Esses milhares de jovens estarão sob ameaça de deportação a partir de março. Com a possibilidade de cidadania, que ainda não havia sido aventada por Trump, eles se legalizam no país.
Assessores da Casa Branca descreveram o plano apresentado nesta quinta (25) como “extremamente generoso”. Os 2 milhões de jovens imigrantes que seriam beneficiados pela chance de cidadania são mais do que apenas os “dreamers”, que somam cerca de 800 mil pessoas. O prazo para obter o benefício varia entre dez a doze anos, segundo a proposta, e depende de pré-requisitos como trabalho, estudo e obediência à lei.
A proposta só deve ser apresentada formalmente ao Congresso na semana que vem, depois que Trump voltar da viagem ao Fórum Econômico Mundial, na Suíça. Apesar disso, não se sabe se os congressistas aceitarão o plano -há críticas de ambos os lados. O democrata Chuck Schumer, que lidera a minoria no Senado, já afirmou que uma proposta que inclua o muro está “fora de cogitação”. Por outro lado, republicanos linha-dura também podem se opor à proposta de conceder cidadania a imigrantes, considerada por eles uma “anistia a ilegais”.
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