Baldeação entre B.Guandu-ES e Aimorés-MG causa transtorno para passageiros
Viajar fazendo o itinerário entre os municípios de Baixo Guandu-ES e a cidade vizinha de Aimorés-MG, o que antes era um passeio, de certa forma até prazeroso, hoje passou a ser uma verdadeira tormenta e transtorno para centenas de passageiros que utilizam o transporte urbano destes municípios.
Nossa reportagem embarcou em uma viagem, em um desses ônibus que faz a linha B.Guandu X Aimorés para ver de perto o sentir o drama vivido por essas pessoas, que nos procuraram para relatar alguns dos vários problemas que eles (passageiros), passaram a enfrentar depois que teve início esse sistema de baldeação na divisa dos municípios.
As reclamações são das mais variadas e de todos os tipos, entre elas a dos moradores dos bairros Mauá-MG e Mauá-ES, que são obrigados a andar até um posto de combustíveis na entrada do Mergulhão da Vale, para embarcar, no caso dos moradores da Mauá-MG, a distância é ainda maior, tendo inclusive que atravessar a ponte sobre o Rio Doce que, delimita as divisas dos dois estados.
Durante o percurso, sentamos ao lado de uma senhora que usa o transporte toda semana, ela disse a nossa reportagem que as viagens agora ficaram mais demoradas, a questão de ter que fazer baldeação para concluir o trajeto é muito desconfortável, sem falar nos atrasos que são constantes.
Outra questão levantada pelos passageiros é a estrutura que a empresa de ônibus que opera a linha oferece, um abrigo que não protege do sol e tão pouco da chuva, parecendo mais um grande cocho de animais, sem falar da localização, no meio do mato, sem iluminação, colocando em risco a integridade e a segurança dos passageiros durante a noite.
O Outro Lado.
Nossa reportagem procurou a empresa que tem sede no bairro Sapucaia, em Baixo Guandu-ES, e coversamos com o proprietário que nos disse “a medida teve que ser tomada, por determinação da ANTT, órgão do governo federal, responsável pelo transporte terrestre”.
O empresário revelou que o órgão esteve em B. Guandu-ES e fez a proibição, multou a sua empresa e ameaçou até prender os ônibus em caso de desobediência. Antes o itinerário começava lá no Residencial Holz, passava por toda cidade, entrava na Mauá-MG e chegava em Aimorés-MG, finalizando a viagem no pontilhão.
“Hoje só podemos atuar da rodoviária de B. Guandu-ES até a rodoviária de Aimorés-MG, por ser linha interestadual, o que nos causou um grande prejuízo em receita. A medida da “baldeação”, foi uma forma encontrada para não paralisar de vez a linha que liga os dois municípios”, explicou.
“Tivemos ajuda das prefeituras das duas cidades, o terreno onde está sendo feita a baldeação nós estamos pagando aluguel por ele, e aquela estrutura que fizemos, reconheço que é ruím, mas é o que nossos recursos conseguiu fazer”, desabafou o empresário.
E no final agradeceu aos prefeitos que colaboraram e pediu desculpas pelos transtornos causados, sentimos muito mesmo pela situação, mas que infelizmente ele (proprietário), teve que se adequar para não acabar de vez com o transporte entre os dois municípios.
Redação: A Tribuna do Vale o seu portal de notícias.