Em uma reunião do Fórum Econômico Mundi al pautada pela ameaça das mudanças climáticas e chamada informalmente de ” Davos Verde “, o ministro da Economia, Paulo Guedes , disse aos participantes que “a pior inimiga do meio ambiente é a pobreza “.
Segundo ele, se não há oportunidades de geração de renda, as pessoas destróem o meio ambiente porque “têm fome”.
– É um problema complexo, não há solução fácil – afirmou o ministro.
Em uma sessão cujo tema eram tendências e desafios da manufatura avançada, Guedes mencionou o aviador Alberto Santos Dumont – cujo voo inaugural do 14 Bis ocorreu em 1906 – como símbolo de que o Brasil também pode sem bom em inovação.
– Os brasileiros inventaram o avião. Nós temos Santos Dumont – disse.
A discussão no painel em que estava o ministro girou em torno das transformações tecnológicas e seus impactos para a indústria e para o mundo do trabalho. Para o ministro, o Brasil “está um pouco atrás, para não dizer muito atrás, nessa discussão”.
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No entanto, segundo ele, o processo de inovação é hoje mais descentralizado e o país tem uma “grande chance” com a quarta revolução industrial.
Para ilustrar, fez uma comparação com Israel.
– Eles têm tecnologia, mas não têm escala. Nós temos escala – disse Guedes. – Nós podemos recuperar o tempo perdido se avançarmos em educação e estivermos conectados.
O ministro também confirmou na manhã desta terça-feira que o Brasil abrirá seu mercado às empresas estrangeiras em licitações públicas e pedirá formalmente sua adesão ao Acordo de Compras Governamentais, como antecipou O GLOBO na semana passada .
Segundo ele, tornando-se voluntariamente um signatário do tratado, o país busca incorporar melhores práticas e fazer um “ataque frontal” à corrupção. O acordo, conhecido pela sigla em inglês GPA (Government Procurement Agreement), dá tratamento isonômico a empresas nacionais e estrangeiras em aquisições do setor público.