Economia

Abastecimento de frango e carne suína voltará ao normal só em 2 meses.

Mesmo que depois do anúncio da medida pelo governo, os caminhoneiros que estão há 8 dias em paralização, aceitem e terminem com o movimento, o abastecimento de carne de aves e suínos pode demorar até dois meses para se normalizar depois que for encerrada a greve dos caminhoneiros. A estimativa foi divulgada neste domingo pela entidade que representa o setor, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

De acordo com a Associação, já morreram até agora 64 milhões de aves adultas e pintinhos. “A associação lamenta anunciar que a mortandade animal já é uma realidade devido à falta de condições minimamente aceitáveis de espaço e quantidade de ração”, disse em nota.

Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos, não estão recebendo alimenação suficiente devido a falta de ração, aumentando o risco de canibalização entre os animais. Há dificuldaades de abastecimento em divesos municípios, segundo relatos.

A previsão é que uma grande quantidade de animais seja sacrificada, em cumprimento às recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil.

Foto: Divulgação/ABA.

Estoque de frios está no fim em supermercados de Maceió que recebem carregamento do Recife (Foto: Cau Rodrigues/G1) Milhares de frangos morreram em granjas na BA (Foto: Divulgação/ABA)Milhares de frangos morreram em granjas na BA (Foto: Divulgação/ABA)

Milhares de frangos morreram em granjas na BA.

Frigoríficos parados

A greve levou à suspensão das atividades em 167 unidades de produção de carne suína e de aves. O número representa mais de 234 mil trabalhadores com suas atividades interrompidas.

Além do mercado interno, há impacto ainda nas exportações de carne. Até agora, ainda de acordo com a ABPA, 100 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser exportadas. A entidade estima que o impacto seja de US$ 350 milhões.

O diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, afirmou neste domingo no Palácio do Planalto que o setor contabiliza R$ 3 bilhões em prejuízo em razão da greve, que chegou ao sétimo dia. Os caminhoneiros protestam contra o aumento no preço do diesel.

Redação: ATV – A Tribuna do Vale o seu portal de notícias.