Economia

Cerca de 10 mil pescadores do Rio Doce serão ondenizados

                         Foto: Reprodução.

Os pescadores foram obrigados catar lixo para sobreviverem após a morte do Rio Doce

Um acordo que está sendo fechado entre cerca de 10 mil pescadores e a Fundação Renova, vai garantir a indenização, através do PIM (Programa de Indenização Mediada), aos pescadores de 28 cidades da bacia do Rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, que sofreram os impactos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana-MG, no dia 05 de novembro de 2015.

De acordo com a coordenadora do PIM, Ana Weisz, 3,4 mil acordos já foram concretizados, nos dois Estados, no mês de março/2018, os pescadores deverão ser indenizados. R$ 2 bilhões de reais  são estimados para serem desembolsados, segundo a fundação, para cobrir as despesas entre auxílio financeiro e indenizações.

Ana explicou que as indenizações por danos gerais são destinadas às pessoas ou micro e pequenas empresas que sofreram danos ou perdas em suas atividades econômicas ou produtivas. Os valores pagos são avaliados caso a caso, tendo como base as informações do Cadastro Integrado, levantamento realizado pela Renova nas cidades atingidas, e os documentos entregues pelo impactado.

A proposta de indenização foi elaborada em conjunto com comunidades pesqueiras, entidades técnicas e do poder público, como Instituto Chico Mendes (ICMBio), Superintendência da Pesca, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ministério Público e Defensoria Pública.

Uma força-tarefa está sendo realizada, com atendimentos itinerantes em 12 localidades, como é o caso de Regência e Pontal do Ipiranga (Linhares), além de Barra do Riacho e Santa Cruz (Aracruz). Desde o início de novembro foram intensificados os atendimentos nas 15 cidades onde estão instalados os escritórios do PIM, com ampliação de escritórios e aumento de equipes.

No caso dos pescadores, diante da dificuldade de comprovação de renda, a Fundação Renova realizou processo de construção coletiva da proposta de indenização, buscando simplificar o acesso, flexibilizar as comprovações e tornar os valores próximos às realidades da população impactada.

A Renova tem como meta, fazer as indenizações de todas as pessoas impactadas, ainda no primeiro semestre deste ano.

 

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