Empresário de Colatina é preso acusado de desviar medicamentos contra o câncer

                           Foto: Divulgação/MP-SP

Os medicamentos dsviados eram usados no combate ao câncer.

 

 

O empresário Kildren Batista Rodrigues, sócio da empresa Nutriclin, foi preso na manhã desta quarta-feira (31), em Colatina, acusado de participar de uma organização criminosa que desviava medicamentos de alto custo de órgãos públicos e revendia os remédios para hospitais e clínicas. Funcionário de uma das empresas investigadas, o capixaba foi preso no apartamento onde mora, no bairro Maria das Graças, onde também foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Investigações apontam que Kildren utilizava os Correios para transporte das caixas que eram revendidas, e que  o grupo teria conseguido R$ 16,5 milhões, entre setembro de 2014 e maio de 2016. Kildren Batista Rodrigues, também teria vínculo empregatício com diversas entidades públicas e privadas da área de saúde, como informou o Ministério Público Estadual (MPES), que também atuou na operação.

Operação Medlecy 2

A operação Medlecy 2, coordenada pela Corregedoria-Geral da Administração, do governo de São Paulo, e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), prendeu, nesta quarta-feira (31), nove pessoas investigadas, entre eles, um servidor público. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo (Colatina), Distrito Federal (Brasília), São Paulo (Araraquara, Bauru, Guarulhos, Osasco e São Paulo) e Goiás (Goiânia). Os investigados devem responder por organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação dolosa qualificada.  Paralelamente, estoques das farmácias de alguns hospitais estaduais foram vistoriados.

 

A Medlecy 2 é desdobramento das investigações iniciadas pelo Gaeco em abril de 2015, que apurou a atuação de um grupo criminoso que estaria obtendo medicamentos de alto custo de origem ilícita (furto, roubo e desvio de órgão público) para, em seguida, por meio de empresas de fachada, promover a venda desses medicamentos a clínicas e hospitais. As vendas eram realizadas pelo escritório sediado em Bauru, onde inclusive atuavam os líderes da organização.

 

Ao término dessa investigação, que durou cerca de um ano, o Gaeco ofereceu denúncia contra 15 pessoas residentes em Piratininga, Bauru, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Goiânia por organização criminosa. Após a primeira ação do Gaeco, detectou-se que caixas dos medicamentos de alto custo recuperadas durante a operação inicialmente tinham sido vendidas à Secretaria de Estado da Saúde para o tratamento de câncer. Pelos valores de aquisição, cada caixa custava cerca de R$ 8 mil.
Foi desta forma que se detectou que um dos investigados é um funcionário público do Estado de São Paulo e trabalha como motorista no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. As novas provas reunidas deram origem a esse outro procedimento investigatório, que culminou com a deflagração da Operação Medlecy 2.

Fontes: Gazeta online/Seculo Diário.

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