Capixabas fazem fila para estudar Medicina no Paraguai e na Bolívia

O sonho de se tornar médico está levando jovens capixabas a cruzarem a fronteira do Brasil para estudar Medicina em países como Paraguai e Bolívia.

A ausência de processo seletivo e o custo mais baixo do curso nas universidades particulares nos países vizinhos têm provocado até filas durante as épocas de matrículas.

O universitário capixaba Victor Olímpio de Carvalho, de 21 anos, é um desses estudantes. Ele contou que não enfrentou fila porque conseguiu antecipar todo o processo de matrícula na UPAP, universidade localizada em Ciudad del Este, no Paraguai.

Ele contou que está matriculado há um mês na faculdade e decidiu ir depois de pesquisar com o pai sobre o assunto. “O custo no Brasil é muito caro para se fazer e, dentro das pesquisas, descobrimos que no Paraguai, além das despesas serem menores, fica mais acessível para nós”, contou.

Victor disse que enquanto no Brasil a mensalidade do curso de Medicina varia entre R$ 3mil e
R$ 12 mil por mês, os custos com a faculdade e demais gastos para se manter no Paraguai ficam em torno de R$ 3 mil e R$ 5 mil.

Segundo ele, a dificuldade é o idioma, mas como a grande maioria dos alunos na universidade é de brasileiros, a instituição dá alguns suportes. “Nesse primeiro semestre, todas as provas podem ser respondidas em português, espanhol e portunhol. Eles querem que a gente aprenda o mais rápido possível, mas não proíbem, nesse início, que a gente use nossa língua”.

De acordo com o Consulado-Geral do Brasil em Ciudad del Este, oficialmente, há cerca de 17 mil brasileiros estudando Medicina no Paraguai.

“As faculdades que mais recebem estudantes brasileiros são as que ofertam o curso de Medicina e que estão situadas em cidades próximas à fronteira, como Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero”, destacou o vice-cônsul, Fabrício Daher.

O diretor administrativo da Universidade Central do Paraguai (UCP), Carlos Bernardo, afirma, porém, que as principais instituições do país estimam em cerca de 50 mil o número de brasileiros estudando Medicina em Ciudad del Este, Pedro Juan Caballero e Assunção.

“A nossa qualidade de ensino e quantidade/horas tem melhorado muito nos últimos anos, e isso tem atraído muitos brasileiros. Não precisa fazer vestibular. Faz a matrícula e apresenta os documentos”.

Por Lorrany Martins.

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