Prefeitura cancela audiências e mantém foco no atendimento emergencial à população

Diante das incertezas que ainda rondam a greve dos caminhoneiros, que atingiu o 8º dia, a Prefeitura de Baixo Guandu decidiu ontem (28/05) cancelar duas audiências públicas que estavam previstas para os distritos de Alto Mutum e Km 14, esta semana, e manter o foco no atendimento das necessidades mais urgentes da população.
Desde a semana passada o prefeito Neto Barros orientou que a gestão deveria focar no atendimento prioritário à população na área de saúde, determinando economia. O objetivo é não faltar combustível para as ambulâncias e para o transporte de pacientes que necessitam de hemodiálise.
Mas outros serviços essenciais também permanecem: as escolas estão funcionando, a coleta de lixo está sendo feita dentro do cronograma normal e as atividades de atendimento ao público na Prefeitura não sofreram alterações.
Esta precaução da Prefeitura decorre da crescente falta de combustível. Os postos da cidade não tem gasolina desde o sábado e até hoje às 11h30m não havia previsão de quando a situação estará normalizada. Pelo menos uma distribuidora de gás de cozinha foi reabastecida e ontem tinha o produto à venda.
O secretário de Serviços Urbanos, Waldir Moreira, explicou ontem que a coleta de lixo já poderá ser prejudicada a partir de amanhã, por falta de combustível. Já o secretário de Desenvolvimento Rural, Allony Torres, disse que a recuperação das estradas no interior sofreu interrupção parcial, também para economizar combustível para atender com prioridade as necessidades da área de saúde, caso haja necessidade.
Amanhã e quarta-feira seriam realizadas em Alto Mutum e no KM 14, respectivamente, audiências públicas para elaboração do orçamento de 2019. Ambas foram adiadas e será marcada uma nova data.
Paralisação nas BRs
Hoje pela manhã os caminhoneiros em greve mantinham dois pontos de interrupção na BRs 259 e um na rodovia ES 446, que liga Baixo Guandu a Itarana e Itaguaçu. Ontem a categoria estendeu duas faixas na BR 259, pedindo “intervenção militar já”, enquanto permanece sem definição de quando vão encerrar o movimento.
Os caminhoneiros dizem que ainda aguardam orientações do comando de greve sobre a proposta do governo federal de baixar o preço do óleo diesel em R$ 0,46 durante 60 dias, além de outros benefícios como definição de  tabela de preços do frete e outras reivindicações.
No entorno da BR 259 em Baixo Guandu mais de 100 caminhões estão parados à espera de definição. Só passam pelas barreiras em Guandu os carros de passeio, motocicletas, ônibus, ambulâncias, caminhões transportando água potável e cargas vivas, além de medicamentos.
Os caminhoneiros parados em Baixo Guandu ainda não consideram o movimento encerrado e vão manter a paralisação até uma definição do comando de greve nacional. Os profissionais tem recebido doações da população, especialmente comida e água.
Carros da Policia Militar e da Policia Rodoviária Federal estiveram ontem nos pontos de bloqueio. Os policiais conversaram com os profissionais da estrada num clima ameno, dizendo inclusive que estavam ali para garantir a saída do caminhoneiro que quisesse deixar o movimento. Consta que apenas um veiculo teria seguido viagem.
O prefeito Neto Barros reiterou ontem que apoia todas as manifestações que visem melhorar as condições de vida dos trabalhadores. Neto está acompanhando toda a mobilização dos caminhoneiros e quer que a população seja atendida prioritariamente no setor de saúde, mas com esforço para que outras atividades – como a coleta do lixo – não sejam paralisadas.
                Fotos: SECOM/PMBG.
Fonte: SECOM/PMBG.

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