Universidade brasileira desenvolve tratamento que elimina HIV de paciente.

Uma boa notícia para os pacientes que fazem tratamento de HIV, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram um estudo em escala global com pessoas infectadas pelo HIV e conseguiram eliminar o vírus do organismo de um paciente brasileiro de 35 anos que teve o diagnóstico em 2012. 

A apresentação da pesquisa foi realizada nesta terça feira (07) na 23ª Conferência Internacional de Aids, o maior congresso sobre o tema do mundo. Apesar do resultado promissor, ainda não é possível falar em cura da doença.

De acordo com a universidade, os resultados representam mais um avanço nas pesquisas que, um dia, podem levar à descoberta da cura da Aids. No mundo, três casos já são considerados como cura erradicativa, em que o HIV foi completamente removido: um paciente de Berlim, outro de Londres e um em Düsseldorf, também na Alemanha.

Todos eles passaram por transplante de medula óssea, então este caso brasileiro seria o primeiro a conseguir um bom resultado apenas com tratamento medicamentoso.

Coordenada pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da instituição, a pesquisa da Unifesp contou inicialmente com 30 voluntários que apresentavam carga viral do HIV indetectável no organismo e faziam tratamento padrão com coquetéis antirretrovirais.

Eles foram divididos em seis grupos e cada um recebeu uma combinação de medicamentos, além do tratamento padrão.

O grupo que apresentou melhor resultado recebeu dois antirretrovirais a mais que os outros: uma droga mais forte chamada dolutegravir e o maraviroc, que “força” o vírus a aparecer, fazendo com que ele saia do estado de latência, uma espécie de esconderijo no organismo.

Com isso, ele pode ser destruído pelo medicamentos. Ainda segundo a Unifesp, outras duas substâncias prescritas potencializaram os efeitos das substâncias, a nicotinamida e a auranofina.

Diaz constatou que os testes em células, em animais e em humanos confirmam a maior eficiência da nicotinamida contra a latência do que outros dois medicamentos usados para esse fim e testados conjuntamente.

Redação: Jornal A Tribuna do Vale com informações do Portal R7.

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