Sesa e secretarias municipais de Saúde se mobilizam para combater Surto de malária em Vila Pavão-ES

Um surto de malária no município de Vila Pavão, no norte do Espírito Santo, depois da morte de uma pessoa e duas estão internadas.  O primeiro caso foi notificado à Superintendência Regional da Sesa pelo município no dia 26 de julho e, desde então, foi iniciado o monitoramento.

Uma ação conjunta está sendo realizada entre a SESA – Secretaria de Estado da Saúde e os municípios do norte do Estado para controlar e combater um surto.

A doença é causada por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos ao homem pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Há 25 casos confirmados de malária em Vila Pavão até o momento. Dentre eles há um óbito e dois pacientes internados. Os demais estão sendo acompanhados em casa.

Profissionais do Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), do Núcleo de Entomologia e Malacologia e do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) foram enviados pela SESA na última quinta feira (02), para dar apoio à equipe da Superintendência Regional de Saúde e aos municípios envolvidos nas ações de controle e combate ao surto. Um médico e pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) também esteve no local e está dando suporte.

O que está sendo feito

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram abertas várias frentes de trabalho, como busca por pessoas com sintomas de malária em Vila Pavão e em territórios do entorno, além da capacitação das equipes da Atenção Primária à Saúde para diagnóstico precoce e tratamento da doença e também para realização de bloqueio com borrifação de inseticida casa a casa e na área perifocal.

Profissionais dos Hospitais Estadual Alceu Melgaço Filho, em Barra de São Francisco, e São Marcos, em Nova Venécia receberam orientação sobre a investigação da doença. Mosquitos estão sendo capturados para verificar que espécie do parasita causador da malária está em circulação no local.  Repelentes repassados pelo Ministério da Saúde serão distribuídos para a população da região afetada.

Não há motivo para pânico

A equipe que está combatendo a doença no município destaca que apesar do grande número de casos confirmados, a população não precisa entrar em pânico. “Tudo que é possível fazer está sendo feito. O que a gente precisa é que a população trabalhe junto no combate à enfermidade. Sabemos que a malária é transmitida por um mosquito, então, os moradores precisam ter ciência da gravidade da situação e colaborar, abrindo suas casas aos agentes de saúde, e ao mesmo tempo, comunicando à secretaria municipal de Saúde qualquer anormalidade no estado de saúde dos membros da família ou vizinhos, principalmente febre no final das tardes para que a equipe possa fazer o diagnostico” pontua o coordenador da Vigilância em Saúde da Região Norte do Estado, Marllus Cavalcante.

Saiba mais

A malária pode evoluir para forma grave e até para óbito, mas a doença tem cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente. Os sintomas da malária não aparecem de imediato. Eles surgem depois de passado o período de incubação, que é o tempo compreendido entre a penetração do parasita no organismo e o aparecimento dos primeiros sintomas – o que pode levar de sete a 14 dias, em média, podendo chegar até 60 dias. Após esse período, a pessoa começa a sentir os sintomas. O tratamento é feito com remédios e dura de dois a sete dias.

Não há vacina contra malária, mas existem várias medidas de proteção individual que podem ser adotadas pela população para reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor da doença, como usar cortinados e mosquiteiros; usar telas em portas e janelas; evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas ao final da tarde até o amanhecer; usar calças e camisas de mangas compridas e cores claras.

Redação: Jornal ATV – A Tribuna do Vale o seu portal de notícias.

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