Veja o que dizem líderes políticos em Baixo Guandu-ES sobre a invasão de Valparaíso

         Foto: Jornal A Tribuna do Vale.

Cerca de 200 pessoas invadiram um terreno no bairro Valparaíso em Baixo Guandu-ES.

A invasão de um terreno que está com a sua posse sendo questionada na justiça, no bairro Valparaíso, em Baixo Guandu-ES, região noroeste do Estado, que ocorreu no domingo (07/01), onde cerca de 200 pessoas alegando não possuem condições de pagarem aluguel, por isso resolveram invadir para forçar a prefeitura a construir casas populares, está dando o que falar na pacata cidade que tem pouco mais de 30 mil habitantes.

Uma Liminar concedida pelo Juiz Dr. Dener Campaneda, no dia (11/01), determinou que os invasores desocupassem a área num prazo de 5 dias, o que irá vencer amanhã dia 16, um número de invasores insistem em ficar no terreno. Por um lado o prefeito alega que em 2014 fez a desapropriação da área e tem um projeto de construção de 400 moradias populares, por outro os familiares do Sr. Jovino (falecido no final do ano passado), afirma que o pai entrou com uma Ação de usocapião contra o antigo proprietário da área, o processo segue na justiça, quanto a desapropriação eles desmentem o prefeito e dizem que a prefeitura depositou cerca de 340 mil reais, ienquanto na avaliação do perito da justiça a área foi avaliada em mais de 3 milhões de reais.

O prefeito Neto Barros acusa a oposição de ter motivado o caseiro a entrar com a ação para impedir a construção das casas, já a oposição diz que vai investigar a invasão que na sua opinião tem cunho político, os invasores na sua maioria, são do grupo político do prefeito e funcionários comissionados da prefeitura, tem motorista do prefeito, pessoas que tem casa própria inclusive alguns tem casa alugada na cidade, e estão lá afirmam os opositores.

Nossa reportagem, que vem dando total cobertura a esse caso, ouviu algumas lideranças e políticos da cidade para saber o que eles pensam sobre essa polêmica invasão, que mexeu com a rotina dos guanduenses por não ser comum esse tipo de ação no município. Vejam o que eles disseram:

A  O prefeito Neto Barros disse que: “A área petence ao antigo dono do curtume, foi desapropriada e paga pelo município em 2014, para fazer um loteamento com 400 casas, a população resolveu ocupar e aguardar o resultado, a prefeitura espera que tudo se resolva para poder regularizar o loteamento tão esperado pela população”, destacou Neto Barros.

O vereador Romilson Araujo, principal opositor do prefeito disse que: “Não sou contra a população reivindicar moradia, principalmente quando foram enganados na campanha com promessas de 4 mil casas, sou a favor que a prefeitura crie um projeto para construir moradia para o povo, serei a favor, dentro da lei. Agora invadir qualquer coisa dos outros é crime, contra a lei, além de promover a violência em nosso município, sou contra qualquer tipo de invasão”, falou o vereador.

O presidente da Câmara, Wilton Minarini disse: “Todos tem o direito de lutar por sua causa, mas desde que seja dentro da legalidade, sem que venha ferir o direito dos outros, sou a favor de fazer casa para que não tem, mas invasão não é legal”, completou  o presidente Minarini.

Juscelino Brzesky que é presidente do Conselho Municipal da Cidade, repudiou nas redes sociais, chamando de inconsequente a atitude: ” O município tem lei que trata de assunto de loteamento, é preciso que se tome uma atitude diante desse absurdo, punindo os responsáveis, as lutas por moradias passam pelo debate entre organizações sociais e administração municipal, até hoje não vi nenhum desses invasores participar de nenhum debate neste sentido”, concluiu Brzesky.

A vereadora Celma Cortes entende que: Toda invasão contra uma ou mais pessoas, fere o direito do outro, o diálogo é a forma de se chegar a um entendimento coletivo. Sou a favor de se lutar para conseguir uma moradia, mas que essa luta siga os trâmites legais, sou contra a invasão, além de ser ilegal, acarreta insegurança e insita a violência nas comunidades que estão próximas a área de conflito”, falou a vereadora Celma.

O também vereador Esmar da Vitória falou que: “Apoio todos que reivindicam os seus direitos, mas que seja feito seguindo os critérios previstos na lei, não concordo em invadir terra dos outros para conseguirem qualquer benefício. Concordo com a luta deles, mas não acho certo invadir qualquer coisa que já tem dono”, disse o vereador Esmar da Vitória.

O Deputado Dary Pagung falou: “Eu não vou entrar no mérito dessa invasão, estou fora e não dou opinião de quem está certo ou errado de um assunto que não detenho conhecimento”. Finalizou o Deputado.

Nossa reportagem desde o início dessa invasão, ouviu todas as partes envolvidas no episódio, buscamos a transparência e apenas trabalhamos para levar ao conhecimento de todos a verdade sem manipulação. O que noticiamos, buscamos informações nas fontes seguras e documentos que temos acesso. Fomos ouvir a opinião dos agentes políticos do município para que a sociedade saiba o que eles pensam a respeito e qual a posição de cada um deles em elação ao tema abordado.

Redação: A Tribuna do Vale o seu portal de notícias.

 

 

Compartilhe
Facebook
WhatsApp

Notícias Recentes

Portal de notícias de Baixo Guandu e região Vale do Rio Doce. Desde 2018.